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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Educação e Felicidade


Em viagem pela China, um turista notou um senhor bastante idoso empenhado na confecção de um lindo painel, que cobria uma parede enorme. O trabalho estava pela metade, longe de sua conclusão. Entretanto, ao observar o velho homem trabalhar, ele se convenceu de que aquela seria uma tarefa que nunca seria completada. Para cada ponto tecido, o ancião, dava dois passos para trás, contemplava o seu trabalho por algum tempo, e frequentemente desmanchava tudo o que tinha feito e mais alguma coisa.

Não se contendo, o turista caminhou até o ancião e lhe disse que neste ritmo ele nunca iria completar o trabalho. O ancião respondeu com um sorriso e explicou: "Primeiramente, este trabalho não foi começado por mim. Em segundo lugar, o meu único objetivo ao tecer este painel é tornar impossível que qualquer pessoa possa dizer onde foi que eu comecei."

Esta é uma das minhas histórias favoritas, principalmente por ir de encontro a tudo o que o nosso estilo de vida prega. Precisamos fazer muito, em pouco tempo. Devemos receber o crédito total por todas as nossas realizações. Se este crédito não puder ser dado, não nos interessa o trabalho. O trabalho por seu prazer intrínseco está se tornando praticamente uma utopia. A meta final é o poder e o dinheiro, mesmo que para isto se precise sacrificar a saúde, os relacionamentos, e até mesmo a sanidade.

Um dos questionamentos mais frequentes que se fazia à escola Summerhill era se seus alunos eram bem sucedidos em sua vida profissional. A escola Summerhill se diferencia das demais por permitir que seus alunos decidam sobre suas vidas com total autonomia. Assistem aulas se quiserem e decidem sobre os rumos da escola em assembléias semanais onde os professores não podem opinar. Certamente a escola teve alunos que obtiveram grande destaque em suas áreas de atuação, mas sua maior realização, nas palavras de seu fundador, A. S. Neil, foi ter propiciado a inúmeras crianças um ambiente em que puderam desenvolver sua auto-estima, seu valor, confiança e felicidade.

Qual afinal é o papel da educação? Preparar nossas crianças para entrar na corrida de ratos ou ensiná-las a buscar a realização pessoal e a felicidade, mesmo que isto signifique menos poder e posses materiais?

O mais triste é que somos condicionados desde muito jovens a agir desta forma e a perseguir estes ideiais vazios. Valorizamos o primeiro da classe, quando o nosso objetivo deveria ser fazer com que todos fossem os primeiros.

Esta formação, ou lavagem cerebral, que começa nas escolas, segue firme no mundo empresarial. Curiosamente, muito do que as empresas entendem como incentivo ao funcionário, cria um clima de ressentimento e competitividade destrutiva. Os grupos se fecham em si mesmos e não deixam vazar nenhuma informação para os grupos rivais. Colaboração não existe, é cada um por si.

Aqueles que se entregam à corrida de ratos são seres que dependem de algo externo para sustentar sua imagem. Passam a vida inteira construindo uma imagem de si mesmos atrelada a uma empresa. Não existem sem os símbolos do poder e desmoronam quando isto lhes é tirado.

Ninguém descobriu ainda o propósito de nossa passagem por este planeta. Muitos julgam, e eu me incluo entre eles, que o objetivo maior deve ser a busca de uma vida equilibrada e feliz. Infelizmente o nosso modo de vida nos leva exatamente no sentido contrário, para fora de nós.

Para encerrar este artigo, gostaria de reproduzir aqui um artigo da seção Histórias de nosso site, que trata da felicidade.

Felicidade
Um dia, os deuses do mundo se reuniram e decidiram criar um homem e uma mulher. Planejaram criá-los à sua imagem e semelhança. Então, um deles disse:

``Esperem! Não vamos simplesmente criá-los, libertá-los e esquecê-los! Se vamos criá-los à nossa imagem e semelhança, irão ter um corpo igual ao nosso, força e inteligência idênticas às nossas! Se vamos criá-los à nossa imagem e semelhança, logo, eles terão os nossos poderes e os nossos privilégios de rei! Devemos pensar em algo que os diferencie de nós, senão estaríamos criando novos deuses! Devemos tirar-lhes algo, mas o que poderíamos tirar?''

Depois de muito pensarem, chegaram a conclusão que deveriam tirar-lhes a FELICIDADE. Entretanto, o problema era onde escondê-la para que nunca a encontrassem.

Outro deus ainda argumentou:

``Os homens que perdem o segredo da FELICIDADE ora se isolam cabisbaixos, ora se desesperam, ora se encolerizam Trata-se, portanto, de uma situação extremamente melindrosa; merece, pois, toda a nossa atenção. Ou seja, a desintegração de nosso núcleo de poder liberaria o caos, logo forneceria elementos decisivos para uma futura rebelião de deuses! É uma situação muito delicada; merece, pois, toda a nossa atenção e cuidado!''

Então os deuses começaram a discutir

``Vamos esconder a FELICIDADE na montanha mais alta da Terra, pois ali eles terão dificuldades de encontrá-la! Não te recordas que demos força a eles? Se mantivéssemos a FELICIDADE em tal local, logo eles poderiam encontrá-la! Ou seja, alguém conseguiria subir até o topo desta montanha e poderia saber o lugar em que ela está!''

``Então vamos ocultá-la no fundo do mar, pois o caminho é turvo, difícil e perigosíssimo! Também não seria um bom lugar, pois lhes demos inteligência e alguém certamente criaria alguma máquina que os faria submergir e encontrá-la.''

``Quem sabe, possamos escondê-la em um planeta de uma galáxia longínqua! Também não seria eficaz, pois lhes demos a curiosidade e a ambição; portanto, irão querer ultrapassar limites e logo criarão algo para voar pelo espaço e certamente a encontrarão.''

Depois de muito discutirem e não chegarem a nenhuma conclusão, o único deus que não havia falado, pediu a palavra e lhes disse:

``Creio que sei onde poderíamos colocar a FELICIDADE, ou seja, em um lugar que eles nunca descobrirão!''

Um deus que era muito gozador argumentou:

``Meu amigo ora desvia da discussão em pauta, ora navega pelas nuvens; portanto, está tomando a nuvem por Juno e confundindo a aparência com a realidade; devemos, portanto, auxiliá-lo e confortá-lo.''

Todos ficaram espantados e perguntaram ao deus que não havia falado:

``Então nos diga, aonde??''

E ele lhes respondeu:

``Colocaremos a FELICIDADE dentro deles, pois estarão tão preocupados buscando-a afora, que nunca a descobrirão. Caríssimos, os homens sempre estão no caos Sempre discordam de tudo, sejam as discordâncias ligeiras, sejam de peso. Estejamos, pois, atentos!''

Todos ficaram de acordo, e desde então tem sido assim. O homem passa a vida toda buscando a FELICIDADE sem saber que a traz consigo.



Rubens Queiroz de Almeida

Fonte: www.idph.net
Disponível em: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/clipping/educacao-e-felicidade.php acesso 17/01/2010 as 16:56

Bullying, a Violência Escolar

Bullying é um termo do inglês ainda sem tradução para o português, mas que significa o comportamento agressivo entre estudantes.
São atos de agressão física ou verbal, que ocorre de modo repetitivo, sem motivação evidente e executada por um ou vários estudantes contra outro, em uma relação desigual de poder, normalmente dentro do ambiente escolar, ocorrendo principalmente dentro de sala de aula e no recreio escolar.

O bullying está relacionado com comportamentos agressivos e hostis de alunos que se julgam superiores aos outros colegas, acreditam na impunidade de seus atos dentro da escola e muitas vezes são pertencentes a famílias desestruturadas, convivendo com pais opressores, agressivos e violentos. Transtornos comportamentais como os transtornos disruptivos (transtorno desafiador opositivo e transtorno de conduta), transtorno de déficit de atenção e hiperatividade e transtorno bipolar do humor são comumente associados a esses autores de bullying.

Os alvos de bullying normalmente são jovens tímidos, quietos, inseguros, possuem poucas amizades, são facilmente intimidados e incapazes de reagir aos atos de agressividade. Freqüentemente são fisicamente fracos e menores que os agressores, mais jovens e desta forma apresentam dificuldade em se defender das agressões. Alunos novos na escola, vindos de outras localidades e de diferentes religiões são comumente vítimas de bullying. Muitas vezes estes jovens apresentam transtornos comportamentais associados como fobia social, distimia, ou transtornos invasivos do desenvolvimento.

Normalmente a identificação precoce do bullying nas escolas e o trabalho de informação e conscientização entre professores e alunos são suficientes no manejo do problema. Entretanto, quadros graves de bullying podem estar diretamente ligados a transtornos comportamentais graves e nesses casos a avaliação neuropsiquiátrica está indicada e esses transtornos comportamentais podem ser identificados e tratados. A identificação precoce do comportamento bullying nas escolas possibilita uma intervenção terapêutica a fim de se evitar prejuízos acadêmicos e no relacionamento social dos alunos envolvidos.

Gustavo Teixeira

Fonte: www.comportamentoinfantil.com
Disponível em: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/artigos/bullying-a-violencia-escolar.php acesso 18/01/2011 as 16:20

APRENDER SEMPRE


Era uma vez um tempo em que as pessoas gastavam uma dúzia de anos na formação básica, mais metade disso numa faculdade — quando chegavam lá — e pronto, não precisavam estudar mais. Cada um começava uma carreira profissional para os 30 ou 40 anos seguintes. Esse tempo se acabou. Nunca houve tanta informação, tão rápida e tão disponível para tanta gente. Depois da internet, nos tornamos seres "informívoros".

Nesse admirável mundo que cabe na tela do computador, mesmo as instituições mais enraizadas sofreram abalos. "Antigamente a escola tinha a oferecer toda uma bagagem de conhecimentos que não podia ser adquirida de outra forma. Representava um valor único, não só do ponto de vista dos conteúdos, mas também de ascensão social", analisa Bruno Dallari, especialista em Ciência da Cognição do Departamento de Lingüística da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. "Hoje ela perdeu esse lugar e não pode mais repousar na especificidade de conhecimentos que só seriam conquistados lá."

Se a escola mudou, os alunos também. "O jovem de hoje é mais curioso e interessado do que o de antigamente, não desinteressado, como muitos dizem. Por ser menos ingênuo, ele questiona o professor. A maior oferta de informação também faz com que ele crie um percurso próprio na aquisição do conhecimento", afirma Dallari.
Espaço de improviso
Se a escola e os alunos mudaram, muitos professores seguem o mesmo caminho. Ana Rosa Abreu, que esteve à frente dos Parâmetros em Ação, do Ministério da Educação, compara o professor a um músico de jazz, que precisa saber improvisar. Mas destaca: só faz isso bem quem tem respaldo de estudo, leitura e planejamento e consegue trabalhar coletivamente. "Quanto mais o professor tematiza com seus colegas o que acontece na sala de aula, mais tem condições de lidar com questões inesperadas. Quando esses grupos se solidificam, muda a lógica interna. Por isso o ideal é trazer questões, não saber tudo. Só assim se cria a noção de que todos aprendem."

Um processo lento
Ana Claudia Rocha, coordenadora de projetos institucionais do Museu de Arte Moderna de São Paulo e consultora pedagógica do Sesi, trabalha com capacitação de professores em redes municipais há dez anos. Para ela, a formação continuada só se torna eficiente quando é permanente. "No primeiro ano não é possível enxergar nada de novo. Em São Caetano do Sul, por exemplo, 650 educadores da rede vêm se capacitando há seis anos e só agora vemos resultados expressivos, pois eles estão mudando de fato sua prática", destaca.

Para exemplificar a lentidão desse processo ela costuma usar dois textos escritos pela mesma professora sobre o dia-a-dia da sala de aula. A evolução na capacidade de escrever, na solidez dos conceitos e na gama de soluções é evidente de um texto para outro. O segundo parece até obra de outra pessoa. Uma aprendizagem que durou cinco anos. "A maioria das pessoas acha que a mudança se dá em oito meses, um ano, no máximo dois anos. Doce ilusão", diz Ana Claudia.

Ou seja, os próprios professores esperam de si uma competência impossível de ser alcançada a curto prazo. Junte problemas na formação inicial, a insegurança natural na hora de testar novos caminhos e descontinuidades administrativas para perceber que não é numa imersão de fim de semana que o professor renova sua prática.

As teorias construtivistas da aprendizagem mostram que o conhecimento consiste numa reestruturação de saberes anteriores, mais que na substituição de conceitos por outros. A passagem de uma didática centrada na transmissão do conhecimento para outra baseada na sua construção não nasce de um dia para o outro.

Por isso, tão importante quanto formar um grupo na escola e começar a estudar é aliar paciência e persistência. Até porque não há razão para ter pressa quando entramos numa estrada que nunca termina.


Fonte: www.novaescola.com.br
Disponível em:
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/artigos/amprender-sempre.php acesso 17/01/2011 as 16:15

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