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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Festa Junina


Que as festas juninas são uma contribuição dos portugueses isso muita gente já imaginava. Entretanto é mais antiga do que se pensa!
É citada lá no Egito Antigo como uma festa que celebrava o início da colheita. Depois se espalhou
pelo continente europeu durante a dominação do Império Romano e passou a homenagear o nascimento de São João Batista, além de outros santos deste mês, como Santo Antônio e São Pedro.
Muitos quitutes e guloseimas são à base de milho porque também em junho é época da safra deste alimento, principalmente no Nordeste. Uma das receitas preparadas com o ingrediente é a canjica, que ganha vários nomes e receitas conforme as regiões.
Portanto, não se confunda! A sopa de milho branco cozido com leite de vaca, coco, açúcar, cravo e canela é canjica no Sul e Centro-Oeste. A mesma receita é chamada de mungunzá no Nordeste. E se for engrossada com fubá de arroz se trata de mungunzá de colher. Só o creme de milho cozido com leite de coco e açúcar é mais característico no Norte, batizado de Curau no Sul.
Também preparada com milho, a receita de pamonha é mais famosa no interior de São Paulo. Mas se você for até em Goiás, vai encontrá-la com um gosto mais salgado. Na receita, o milho verde é ralado e para formar a massa é adicionado leite com sal ou açúcar.

O amendoim é outro protagonista da festa e um dos principais ingredientes do pé-de-moleque. No Ceará ele se modifica um pouco. Ao contrário do conhecido doce com melado, amendoim, glucose de milho e bicarbonato de sódio, lá ele é preparado à base de rapadura, castanha-de-caju, carimã (espécie de massa de mandioca). E no Maranhão é conhecido como um bolinho frito à base de farinha de mandioca e coco ralado.

Outra receita típica com variações regionais é a Paçoca. Amendoim torrado, triturado com canela e açúcar é a receita do Sul e Sudeste. Já no Nordeste é o nome do prato de carne-seca frita ou carne assada pilada com farinha de mandioca. Agora que você já conhece as receitas é só saborear ao redor da fogueira!
Por Juliana Lopes

Livros sobre a Festa Junina (bibliografia indicada)
Carnaval e Festas Juninas - Coleção Você Sabia ? Sítio do Picapau Amarelo Autor: Mendes, Migue
Editora: Globo Editor
Como é bom Festa Junina – Volume I Autor: Avi, Ivã Ramon do Amaral
Editora: Esfera
Como é bom Festa Junina – Volume II Autor: Vários
Editora: Esfera
Festas Juninas Autor: Brandão, Toni
Editora: Studio Nobel
Brincadeiras na Festa Junina Autor: Oshima, Célia / Martinez, Eliane
Editora: Paulinas
Festas Juninas (livro de culinária) Autor: Capuani, Rosalina M.
Editora: Pancast
Festas e delícias juninas (livro de culinária) Autor: Melhoramentos
Editora: Melhoramentos

Músicas

CAPELINHA DE MELÃO
autor: João de Barros e Adalberto Ribeiro

Capelinha de melão
é de São João.
É de cravo, é de rosa, é de manjericão.

São João está dormindo,
não me ouve não.
Acordai, acordai, acordai, João.

Atirei rosas pelo caminho.
A ventania veio e levou.
Tu me fizeste com seus espinhos uma coroa de flor.
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PEDRO, ANTÔNIO E JOÃO
autor: Benedito Lacerda e Oswaldo Santiago

Com a filha de João
Antônio ia se casar,
mas Pedro fugiu com a noiva
na hora de ir pro altar.

A fogueira está queimando,
o balão está subindo,
Antônio estava chorando
e Pedro estava fugindo.

E no fim dessa história,
ao apagar-se a fogueira,
João consolava Antônio,
que caiu na bebedeira.
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BALÃOZINHO

Venha cá, meu balãozinho.
Diga aonde você vai.
Vou subindo, vou pra longe, vou pra casa dos meus pais.

Ah, ah, ah, mas que bobagem.
Nunca vi balão ter pai.
Fique quieto neste canto, e daí você não sai.

Toda mata pega fogo.
Passarinhos vão morrer.
Se cair em nossas matas, o que pode acontecer.
Já estou arrependido.
Quanto mal faz um balão.
Ficarei bem quietinho, amarrado num cordão.
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SONHO DE PAPEL
autor: Carlos Braga e Alberto Ribeiro

O balão vai subindo, vem caindo a garoa.
O céu é tão lindo e a noite é tão boa.
São João, São João!
Acende a fogueira no meu coração.

Sonho de papel a girar na escuridão
soltei em seu louvor no sonho multicor.
Oh! Meu São João.

Meu balão azul foi subindo devagar
O vento que soprou meu sonho carregou.
Nem vai mais voltar.
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PULA A FOGUEIRA
autor: João B. Filho

Pula a fogueira Iaiá,
pula a fogueira Ioiô.
Cuidado para não se queimar.
Olha que a fogueira já queimou o meu amor.

Nesta noite de festança
todos caem na dança
alegrando o coração.
Foguetes, cantos e troca na cidade e na roça
em louvor a São João.

Nesta noite de folguedo
todos brincam sem medo
a soltar seu pistolão.
Morena flor do sertão, quero saber se tu és
dona do meu coração.
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CAI, CAI, BALÃO

Cai, cai, balão.
Cai, cai, balão.
Aqui na minha mão.
Não vou lá, não vou lá, não vou lá.
Tenho medo de apanhar.

BRINCADEIRAS DE FESTA JUNINA
Pescaria
A pescaria é uma das brincadeiras mais tradicionais de Festa Junina. Ela é simples e bem divertida. Basta recortar peixes de papel grosso (tipo papelão) e colocar números neles. Devemos colocar uma argola na boca do peixe e enterrá-lo num recipiente grande com areia. Devemos deixar apenas a argola para fora e o número deve ficar encoberto pela areia. Os participantes recebem varas de pescar. Ganha a brincadeira aquele que pescar a maior quantidade de peixes ou com maior número de pontos. Em quermesses é também comum dar prêmios (brindes) aos participantes que pescam os peixes.

Corrida do saco
Também muito tradicional, consiste numa corrida onde os participantes devem pular dentro de um saco de estopa (saco de farinha, por exemplo). Quem atingir a reta final primeiro ganha a partida. É possível também fazer a corrida em duplas.

Corrida do Saci-Pererê
Parecida com a corrida do saco, porém os participantes devem correr apenas num pé.
Jogo do rabo do burro
Este jogo é bem divertido. Usamos um burro desenhado em madeira ou papelão. O participante deve, com os olhos vendados, colocar o rabo no burro no local certo. O participante deve ser girado algumas vezes para perder a referência.

Derrubando latas
Basta colocar várias latas vazias num muro. Os participantes tentam derrubar as latas atirando bolas feitas com meias. Vence quem derrubar mais latas.

Correio Elegante
Os organizadores da brincadeira servem como intermediários na entrega de bilhetes com mensagens de amor, amizade, paquera ou apenas brincadeira.

Pau de sebo
Esta brincadeira está quase sempre presente em todas Festas Juninas. Os organizadores da festa colocam um tronco de árvore grande fincado no chão. Passam neste tronco algum tipo de cera ou sebo de boi. No topo do pau de sebo, coloca-se algum brinde de valor ou uma nota de dinheiro. A brincadeira fica interessante, pois a maioria dos participantes não conseguem subir e escorregam.

Quebra-pote
Um pote de cerâmica fina é recheado de doces e balas. Esse pote é amarrado em uma trave de madeira. O participante (geralmente criança), de olhos vendados, e munido de uma madeira comprida tentará acertar e quebrar o pote. Quando isso acontece todos podem correr para pegar as guloseimas.

Corrida do Ovo na colher
Um ovo de galinha é colocado numa colher de sopa. Os participantes devem atingir a linha de chegada levando a colher com o cabo na boca, sem derrubar o ovo.

COMIDAS TÍPICAS DE FESTA JUNINA
Toda Festa Junina deve contar com os pratos típicos, pois eles fazem parte da tradição desta importante festa da cultura popular brasileira. São doces, salgados e bebidas que estão relacionados, principalmente, à cultura do campo e da região interior do Brasil. Podemos destacar que muitos cereais (milho, arroz, amendoim) estão na base de grande parte das receitas destas comidas. O coco também aparece em grande parte das receitas, principalmente dos doces.
As principais bebidas e comidas de Festa Junina:
- Arroz Doce
- Bolo de Milho Verde
- Baba de moça
- Biscoito de Polvilho
- Pipoca
- Curau
- Pamonha
- Canjica
- Milho Cozido
- Suco de milho verde
- Quentão (bebida feita com gengibre, pinga e canela)
- Biscoito de Polvilho
- Batata Doce Assada
- Bolo de Fubá
- Bom-bocado
- Broa de Fubá
- Cocada
- Cajuzinho
- Doce de Abóbora
- Doce de batata-doce
- Maria-mole
- Pastel Junino
- Pé de moleque
- Pinhão
- Cuzcuz
- Quebra Queixo
- Quindim
- Rosquinhas de São João
- Vinho Quente
- Suspiro

http://pedagogiadoafeto.blogspot.com/ acesso em 23/05/2011 às 22:06

Indignação pela Educação no Brasil



Parabéns a essa professora corajosa e que apesar de tudo isso acredita na educação, na verdade somos o futuro da nação, pois a educação poderá mudar algo nesse mundo.
o pior de tudo é a falta de Respeito, a Valorização dos profissionais de Ensino. Este eu diria que é o pior, somos tratados como nada para Pais, Governantes e Sociedade Brasileira.
Será que seremos ouvidos?? Até quando???

terça-feira, 17 de maio de 2011

Filhos são como Navios


Ao olharmos um navio no porto, imaginamos que ele esteja em seu lugar mais seguro, protegido por uma forte âncora.


Mal sabemos que ali está em preparação, abastecimento e provisão para se lançar ao mar, destino para o qual foi criado, indo ao encontro das próprias aventuras e riscos.


Dependendo do que a força da natureza reserva para ele, poderá ter de desviar da rota, traçar outros caminhos ou procurar outros portos.


Certamente retornará fortalecido pelo aprendizado adquirido, mais enriquecido pelas diferentes culturas percorridas... E haverá muita gente no porto, feliz à sua espera.


Assim são os FILHOS.
Estes têm nos PAIS o seu porto seguro até que se tornem independentes.


Por mais segurança, sentimentos de preservação e de manutenção que possam sentir junto dos seus pais, eles nasceram para singrar os mares da vida, correr os próprios riscos e viver as próprias aventuras.


Certos de que levarão os exemplos dos pais, o que eles aprenderam e os conhecimentos da escola – mas a principal provisão, além da material, estará no interior de cada um:
A CAPACIDADE DE SER FELIZ


Sabemos, no entanto, que não existe felicidade pronta, algo que se guarda num esconderijo para ser doada, transmitida a alguém.
O lugar mais seguro em que o navio pode estar é o porto. Mas ele não foi feito para permanecer ali.


Os pais também pensam ser o porto seguro dos filhos, mas não podem se esquecer do dever de prepará-los para navegar mar adentro e encontrar o próprio lugar, onde se sintam seguros, certos de que deverão ser, em outro tempo, esse porto para outros seres.


Ninguém pode traçar o destino dos filhos, mas deve estar consciente de que, na bagagem, eles devem levar VALORES herdados, como HUMILDADE, HUMANIDADE, HONESTIDADE, DISCIPLINA, GRATIDÃO E GENEROSIDADE.


Filhos nascem dos pais, mas devem se tornar CIDADÃOS DO MUNDO. Os pais podem querer o sorriso dos filhos, mas não podem sorrir por eles. Podem desejar e contribuir para a felicidade dos filhos, mas não podem ser felizes por eles.


A felicidade consiste em ter um ideal e na certeza de estar dando passos firmes no caminho da busca. Os pais não devem seguir os passos dos filhos. e nem devem estes descansar no que os pais conquistaram.
Devem os filhos seguir de onde os pais chegaram, de seu porto, e, como os navios, partir para as próprias conquistas e aventuras.


Mas, para isso, precisam ser preparados e amados, na certeza de que quem ama cuida!


Ainda não os tenho, mas é como se tivesse, meu maior sonho e de um dia ser mãe de verdade...

sábado, 14 de maio de 2011

Ser professor é coisa séria

Visitando um blog que eu sigo e encontrei:
Nós professores devemos estudar e aprender mais, repensar sobre nossas atitudes, antes de entrar na sala de aula, pois influenciaremos no futuro do mundo, através das crianças podemos mudar a situação atual, através da educação oferecida a elas. Depende da consciência do professor, ele deve refletir sobre sua função de educador, ter amor pela profissão, ser professor é um sacerdócio.

Todas as pessoas passam pelas mãos de um professor e depense dele oferecer maneiras e possibilidades para a ampliação do conhecimento da criança e torna-las adultos educados e conscientes. Ele deve ter ideia de seu papel na vida de cada ser humano.


O professor é como um herói para os alunos, por que não salvá-los deste mundo em que vivemos hoje? Onde professores estão desanimados, desinteressados, sem vontade, sem amor, só cumprindo o que lhe é dado, professor de verdade deve interagir com os alunos, oferecer brincadeiras, sair um pouco da teoria, passear, fazer aulas mais expositivas.

Ser professor é coisa séria, pense muito nisso!
é isso mesmo!
Disponível em: http://www.mabilee.com/2009/10/mensagem-para-os-professores.html acesso 14/05/2011 às 22:27

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Minha mamae.wmv


Esse vídeo são das crianças que temos atualmente na creche do poder judiciário do Estado de Goiás... São maravilhosas, amo tudo isso... Estou feliz por fazer parte das educadoras da creche do Tribunal de Justiça. Aqui na creche eu não trabalho eu me divirto... E aprendo a cada dia coisas novas com essas crianças...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sempre comemorado no 2º Domingo de Maio – Dia das Mães!



A origem da data do dia das mães
O Dia das Mães tem origem no início do século XX, quando a jovem americana, Anna Jarvis, perdeu sua mãe e entrou em depressão com o fato. Algumas amigas querendo incentivá-la, tiveram a idéia de perpetuar a memória da mãe de Annie com uma festa. Annie quis que a homenagem fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas, e durante três anos seguidos, Anna lutou muito pela criação do dia.

Dados Históricos: A mais antiga comemoração dos dias das mães é mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos deuses.
O próximo registro está no início do século XVII, quando a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de "Mothering Day", fato que deu origem ao "mothering cake", um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo.
Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada em 1872 pela escritora Júlia Ward Howe, autora de O Hino de Batalha da República.
No Brasil, em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.
Em Portugal, o Dia da Mãe é celebrado no primeiro domingo de Maio.
Em Israel o Dia da Mãe deixou de ser celebrado, passando a existir o Dia da Família em Fevereiro.

http://www.nacachaca.com/dicas-de-moldes-para-o-dia-das-maes/ acesso em 04/05/2011 às 21:27
http://www.atrupe.com/2011/05/como-surgiu-o-dia-das-maes.html acesso em 04/05/2011 às 21:27

terça-feira, 3 de maio de 2011

Mamãe


Mãe...São três letras apenas
As desse nome bendito:
Também o céu tem três letras
E nelas cabe o infinito
Para louvar a nossa mãe,
Todo bem que se disser
Nunca há de ser tão grande
Como o bem que ela nos quer

Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do CÉU
E apenas menor que Deus!

Mário Quintana

DIA DO SERTANEJO

3 de Maio

Depois do período extrativista, o Brasil passou a ser um país essencialmente agrário. Essa situação, porém, inverteu-se principalmente depois do ciclo do café, quando as indústrias começaram a se instalar no Sudeste, formando regiões metropolitanas. Então o êxodo rural se intensificou, e a figura do sertanejo, ou caipira, ganhou traços caricaturais.

Para o habitante da cidade, a pessoa que vive no sertão, é geralmente, rude, inculta e avessa à vida moderna. Essa imagem tomou força com o sertanejo - O jeca Tatu - descrito no conto Urupês, publicado no livro homônimo, de Monteiro Lobato.

O Jeca Tatu e o caboclo do vale do Paraíba, de barba rala, que vive descalço, com os pés cheios de bichos; fuma cigarros de palha e usa chapéu também de palha.

Não tem ânimo para trabalhar, "é o sombrio urupê de pau podre a modorrar silencioso no recesso das grotas [...] funesto parasita da terra [...] inadaptável à civilização".

Essa figura do sertanejo gerou obras no cinema e na literatura, e sua caricatura passou a ser utilizada em anedotas e mesmo nas histórias infantis, como o personagem Chico Bento, criado pelo quadrinista Maurício de Sousa.


Sertanejo

Há alguns anos, porém, esse estereótipo tem sofrido uma inversão de valores. Se, antes, o sertanejo era exatamente a figura descrita por Monteiro Lobato, atualmente a figura do caipira tem sido valorizada. Pode-se observar esse fenômeno no sucesso conseguido pelos cantores de música sertaneja, que cantam as belezas da zona rural e da vida na fazenda (embora os mais modernos tenham deixado de lado os temas da vida na roça, para se dedicar às baladas de amor).

A influência do sertão também pode ser observada no vestuário e nos costumes da juventude.

A recente moda country, importada dos Estados Unidos e adaptada à realidade brasileira, é sensação entre os jovens que freqüentam, em massa, as danceterias especializadas.

Estimuladas por essa moda, ganharam terreno as festas de rodeio, em que cavaleiros medem suas habilidades para conseguir dominar o cavalo ou o boi bravo. Antes restritas às comunidades rurais, as festas de rodeio se modernizaram e atraíram o público da cidade.

Atualmente, a Festa do Peão Boiadeiro de Barretos, em São Paulo, é o maior evento do tipo na América Latina e um dos maiores no mundo.
ivendo na caatinga, um ambiente castigado pela escassez de chuvas e aridez, o sertanejo é um bravo homem da terra. Poucas civilizações no mundo conseguiriam alcançar o feito dessa gente corajosa. O sertão, com seus ventos bíblicos, calmarias pesadas e noites frias, impressiona. Cortado por veredas e árvores retorcidas em desespero, todo ele são monótonos caminhos ressequidos. As "pueiras", lagoas mortas, de aspecto lúgubre, são o único oásis do sertanejo.

Ele sobrevive porque é uma raça forte. Assim como o cacto mais resistente, o sertanejo foi feito para o sertão. Tem o pêlo, o corpo e a psicologia próprios para suportar o suplício da seca. Conhece profundamente a flora e fauna. Como os cactos , o mandacaru e toda natureza adaptada ao árido, o sertanejo sobrevive com muito pouco. Água é uma dádiva que vê de vez em quando. Com todas as adversidades, ainda ama o sertão, e dificilmente se habitua a outro lugar. Desde pequeno convive com a imagem da morte. Sua grande vitória é chegar ao dia seguinte, comemorando o triunfo da vontade de viver.

ORIGENS

No sertão, a mistura de raças deu-se mais entre brancos e índios. O jesuíta, o vaqueiro e o bandeirante foram os primeiros habitantes brancos que migraram para a região. Deram origem aos tipos populares que compõem o sertão: o beato, o cangaceiro e o jagunço. Todos com um senso de tradição levado a ferro e fogo, honradez como pouco se vê hoje em dia e incrível fervor religioso, herança dos missionários da Igreja. O grande ícone do sertão é o conhecido Padre Cícero, beato que se tornou líder messiânico em Juazeiro do Norte.


Sertanejo

Quanto às mulheres sertanejas, estas são muito diferentes das do litoral: rezadeiras, rendeiras, mocinhas ingênuas, bruxas velhas e alcoviteiras. Mulheres de coragem e encrenqueiras.

EUCLIDES DA CUNHA

Ao tentar compreender a psicologia do sertanejo, o escritor e jornalista Euclides da Cunha, através de sua famosa obra “Os Sertões”, fez um ensaio revelador sobre a formação do homem brasileiro. Desmistificou o pensamento vigente entre as elites do período, de que somente os brancos de origem européia eram legítimos representantes da nação. Mostrou que não existe no país raça branca pura, mas uma infinidade de combinações multirraciais. Além disso, foi o primeiro a reportar cuidadosamente o episódio da Campanha de Canudos, um festival de massacres de homens e mulheres que entrou para a história.

Por essas e outras, o homem do sertão é um “grande personagem numa paisagem inóspita”, que merece toda a admiração devida por sua luta diária pela sobrevivência.

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/maio/dia-do-sertanejo.php acesso em 03/05/2011 às 19:59

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